O Brasil fechou o mês de outubro de 2023 com um saldo de 190.366 vagas formais de trabalho. No período, houve 1,94 milhão de admissões e 1,75 milhão de desligamentos. São mais de 30 mil empregos a mais do que os gerados em outubro de 2022. Desde o início do ano, o país acumula um saldo de quase 1,8 milhão de empregos formais. A variação em dez meses é positiva nos cinco grandes setores da economia e nas 27 unidades da Federação.
Os dados do Novo Caged foram divulgados na tarde desta terça-feira, 28 de novembro, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Eles indicam também que o estoque total, ou seja, o número de brasileiros que estavam trabalhando com carteira assinada em outubro de 2023, chegou a 44,22 milhões, o maior já registrado na série histórica levando em conta tanto o período do Caged (junho de 2002 a 2019) quanto do Novo Caged (a partir de 2020). Em outubro, a variação foi positiva em quatro dos cinco setores econômicos e em 26 das 27 unidades Federativas.
CONFIRA ALGUNS DOS DESTAQUES
→ O maior crescimento do emprego formal ocorreu no setor deServiços, comsaldo de 109.939 postos formais de trabalho. Destacam-se áreas como informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (saldo de +65.128).
→ Locação de mão-de-obra temporária (+17.820), serviços de escritório e apoio administrativo (+4.610) e atividades de teleatendimento (+4.462) também puxaram para cima os números do setor de serviços, assim comotransporte, armazenagem e correio(+15.518),especialmente transporte rodoviário de carga (+6.719);
→ Osegundo maior gerador de postos de trabalho foi o Comércio, com +49.647 postos de trabalho. Destacam-se o Comércio Varejista de Mercadorias em Geral, com Predominância de Produtos Alimentícios –Supermercados(+6.307) eHipermercados(+1.925), além de Artigos de Vestuário (+5.026).
→ Oterceiro maior crescimentoocorreu na Indústria, com saldo de+20.954postos de trabalho. Destacam-se afabricação de açúcar em bruto,com saldo de +1.500, especialmente em Alagoas (+1.268), e afabricação de móveis,com saldo de +1.330.
→ AConstrução Civil teve saldode+11.480 postos formais.AConstrução de Edifícios tevesaldo de +3.652. A Agropecuária foi o único setor que gerou saldo negativo (-1.656), decorrente da desmobilização do café (-2.850), do cultivo de alho (-1.677), de batata-inglesa (-1.233) e de cebola (-1.138), que superaram o aumento nas atividades de Produção de Sementes (+4.088).
ESTADOS— Emoutubro, 26 das 27 unidades federativas (UF)registraram saldospositivos. São Paulo foi o estado com maior relação entre admissões e demissões, com +69.442 postose destaque para oServiços(+44.112). O único estado com variação negativa foi Roraima, com saldo de -115 postos (-0,1%).
GRUPOS POPULACIONAIS— O saldo foipositivo para mulheres (+90.696)ehomens (+99.671).No que se refere àspessoas com deficiência, foram+1.699 postos de trabalho. A relação foi positiva também parapardos(+110.240),brancos(+64.660),pretos(+22.300),amarelos(+15.395)e indígenas(+652).
FAIXA ETÁRIA— Desagregado por faixa etária, o saldo foi de (+20.111) para jovens até 17 anos, (+115.732) para 18 a 24 anos; (+24.139) para 25 até 29 anos; (+21.387) para 30 a 39 anos; (+17.238) para 40 a 49 anos; (-3.307) para 50 a 64 anos.
SALÁRIOS— O salário médio real de admissão foi deR$ 2.029,33, apresentando estabilidade com decréscimo de R$ 5,18 (-0,3%) em comparação com o valor corrigido de setembro (R$ 2.034,51). Já em comparação como mesmo mês do ano anterior, o ganho real foi deR$ 16,34 (0,8%).
ACUMULADO
No acumulado de janeiro a outubro de 2023,os cincograndes grupamentos de atividades econômicas registraramsaldos positivos.O maior crescimento ocorreu no setor de Serviços, com +976.511 postos formais de trabalho (54,4% do saldo).
A Construção gerou +253.876 postos formais, especialmente nas obras de infraestrutura (+86.099). A Indústria apresenta saldo de +251.11, com destaque para a fabricação de produtos alimentícios (+81.523). O Comércio, apresenta saldo de 193.526 postos de trabalho e destaque para supermercados (+17.491), minimercados (+12.207) e produtos farmacêuticos (+12.684). A agropecuária teve +109.698 postos de trabalho, com protagonismo de soja (+15.870), cana-de-açúcar (+15.475) e laranja (+7.949).
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República