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Brasil

30/08/2023

Rotas Azul: como a companhia revitalizou a aviação regional e tirou cidades do isolamento aéreo

Conheça as cidades do Norte que foram transformadas pela chegada do transporte aéreo e a conectividade da Azul

A Azul, a maior companhia aérea do país em número de voos diários e destinos atendidos, conquistou no primeiro semestre de 2023, pela quinta vez, o prêmio de Melhor Companhia de Aviação Regional da América do Sul, concedido pela World Airlines Awards. Esse reconhecimento é atribuído a empresas que se dedicam a rotas curtas e médias, onde as expectativas e necessidades dos clientes diferem das rotas tradicionais. 


Para ter uma ideia das dimensões dessa operação da Azul na região norte, atualmente a Companhia opera nos 7 estados, com voos em 39 cidades, sendo 15 no Pará e 14 no Amazonas, e tendo 27% dos municípios com menos de 50 mil habitantes, de acordo com dados do Censo 2022. Outro dado interessante - cruzado a partir do Censo - é que a Azul está presente em cidades que somadas têm 7,8 milhões de pessoas, o que representa 45,08% da população total de 17,3 milhões que vivem na região norte do país. 


Para entender a importância da atuação da Azul para o Brasil nesse segmento, é necessário voltar no tempo, quando as aeronaves não tinham tanto alcance e, portanto, os voos eram mais curtos, conectando cidades de diferentes tamanhos.  


Há 60 anos, a malha aérea era mais distribuída, com rotas que incluíam paradas intermediárias. Uma operação que ligava Cuiabá à cidade de São Paulo, por exemplo, fazia paradas em pelo menos dez cidades do interior paulista e mato-grossense. Os hidroaviões também desempenhavam um papel crucial, especialmente na região norte. "Esse movimento foi interrompido pela introdução de aeronaves a jato, com mais assentos e, portanto, incompatíveis com a infraestrutura de aeroportos menores. 


As empresas começaram a centralizar suas operações em mercados com maior potencial econômico, o que resultou no desmantelamento da aviação regional e no isolamento de cidades menores e mais afastadas das capitais. Somado a isso, a concorrência do setor rodoviário resultou numa queda de 300 cidades atendidas pelo transporte aéreo em 1960 para apenas 92 em 1975. 


"Apesar de algumas tentativas de recuperação, foi a partir da fusão da Azul com a Trip e o investimento na malha aérea do Amazonas que vimos como era possível crescer como negócio e cumprir uma função social como companhia aérea", explicou Flávio Costa, vice-presidente Técnico na Azul Linhas Aéreas Brasileiras e Diretor Presidente da Azul Conecta.

  

De acordo com o executivo, melhorias na infraestrutura e na legislação foram elementos fundamentais para o retorno das operações. "Com os investimentos e a aquisição da Conecta, conseguimos introduzir o Cessna Caravan e multiplicar os voos na região, com uma estratégia focada na conectividade entre as cidades e no crescimento da Azul. Com uma frota diversificada, conseguimos desenvolver mercados até então esquecidos. As empresas aéreas podem escolher onde e com que frequência ofertam voos regulares, e nós escolhemos esse Brasil, por muito tempo invisibilizado", afirmou. Além do transporte de passageiros, a flexibilidade da malha tornou a Azul a maior empresa cargueira do Brasil, conectando pessoas e negócios. “Nós conseguimos trazer um peixe de Tabatinga para ser exportado em Fort Lauderdale, entregar uma cuca fabricada em Caxias do Sul em Parintins. A conectividade permite o intercâmbio de pessoas e negócios, é um novo patamar de desenvolvimento”, completou Costa.

  

Ele destaca a experiência no Amazonas como exemplo do sucesso das rotas regionais da Azul. Antes, nenhuma empresa investiu de maneira unificada na região, levando conectividade completa para o Cliente. No passado, quem desejava ir de São Gabriel da Cachoeira até São Paulo, por exemplo, precisava ir até Manaus, comprar em uma loja, geralmente de companhias diferentes, um bilhete separado para realizar o trajeto. Histórias de pessoas que ficavam "presas" na cidade por falta de passagens eram comuns. Com a melhora da tecnologia e a malha da Azul, o Cliente não corre mais esse risco e pode comprar de lugares antes isolados, voos para diferentes cidades no Brasil e no mundo.   


Conheça algumas das cidades transformadas pela aviação da Azul na região Norte   

A Azul tem se destacado na região Norte, especialmente na Amazônia, ao proporcionar uma forma de conectividade nunca antes vista, trazendo benefícios reais para a economia e o bem-estar da população. Conheça algumas cidades em que a presença da Azul foi capaz de transformar a realidade local.   


Maués (AM)   

Maués é uma cidade que poucos conhecem, mas a maioria dos brasileiros conhece o seu principal aroma e sabor: o guaraná. Desde 2019, a Azul opera na região, facilitando o acesso de empresas e executivos que produzem o refrigerante. Antes, a única forma de acesso era por barco ou fretamento de avião. A oferta de voos ajuda a reduzir os custos das companhias e aumentar a produtividade.    


Juruti (PA)   

Localizada a 1424 km da capital Belém, Juruti possui a maior mina de bauxita da América do Sul e abriga uma multinacional importante para o setor. Como a única empresa que opera voos na região, a Azul, em parceria com outras companhias, possibilita que executivos do Canadá cheguem a Juruti via Fort Lauderdale ou São Paulo, com duas ou três conexões. Uma viagem que era inimaginável há alguns anos hoje é possível dentro do sistema da companhia aérea.     


Barcelos (AM)   

Conhecida como a capital da pesca esportiva, Barcelos fica a 656 km de Manaus por via fluvial, uma viagem que pode durar até 30 horas. A cidade atrai excursões que lotam hotéis e acampamentos de setembro a março em busca do peixe Tucunaré. Desde que a Azul estabeleceu voos semanais, tanto os brasileiros quanto os estrangeiros têm mais comodidade. De avião, o mesmo trajeto dura apenas 1h45min. Com maior acessibilidade, a cidade de Barcelos se beneficia do aumento da movimentação econômica por meio de aluguel de barcos, contratação de guias, gastos com alimentação, hospedagem e combustível.   

  

Borba (AM)   

A cidade de Borba estava sem serviço de aviação regular há 13 anos, o que prejudicava os moradores que, apesar de estarem a 217 km de Manaus, precisavam utilizar embarcações, levando de 12 a 20 horas para chegar à capital. Com a chegada dos voos da Azul, o trajeto foi reduzido para uma hora de voo, retirando a população de um isolamento complexo. Em Borba, é comum o fretamento de aviões para levar os cidadãos para Manaus a fim de realizar tratamentos médicos, por exemplo. Ao oferecer voos regulares, o estado pode economizar com fretamentos, e os passageiros têm acesso a serviços e novas oportunidades.   

  

São Gabriel da Cachoeira (AM)   

São Gabriel da Cachoeira, considerada a cidade mais indígena do Brasil, está localizada no coração da selva amazônica, em uma região conhecida como "Cabeça do Cachorro". Muitas comunidades estão isoladas, mas outras estão abertas ao turismo. Em 2022, a Azul transportou os médicos voluntários do Expedicionários da Saúde para atender a população. Além disso, a cidade possui vários batalhões do exército, com famílias de diversas partes do Brasil. Antes dos voos da Azul, era necessário contar com a FAB (Força Aérea Brasileira) ou aviões fretados para realizar viagens ou visitar a família no Sul, por exemplo. Hoje, com os voos regulares da Azul, que operam duas vezes por semana, é possível chegar até Manaus em apenas uma hora e, a partir daí, partir para outras regiões do país.    

  

Eirunepé (AM)   

O tempo é uma moeda importante na economia amazonense. Imagine um comerciante que vive em Eirunepé e precisa ir até Manaus para fazer negócios. O trajeto está sujeito a mudanças na maré e pode levar de 10 a 12 dias, transformando uma viagem de uma semana em um mês inteiro de movimentação e despesas longe de casa. Com os voos da Azul, que têm duração de três horas, esse empresário ganha 20 dias de produtividade.   

  

Porto Trombetas (PA)   

O distrito de Porto Trombetas faz parte da cidade de Oriximiná, que curiosamente possui dois aeroportos. Forte na área de mineração, a cidade recebe profissionais de diferentes lugares do Brasil e do mundo. Para atrair jovens engenheiros e arquitetos, era necessário oferecer transporte aéreo de qualidade. Atualmente, a Azul oferece voos regulares para Manaus, Santarém, Juruti e Oriximiná, facilitando o deslocamento desses profissionais e impulsionando o desenvolvimento da região.   

   

Sobre a Azul 

A Azul S.A. (B3: AZUL4, NYSE: AZUL) é a maior companhia aérea do Brasil em número de voos e cidades atendidas, com mais de 900 voos diários, para mais de 150 destinos. Com uma frota operacional com mais de 160 aeronaves e mais de 14.000 tripulantes, a Azul possui mais de 300 rotas diretas em voo regionais, domésticos e internacionais. Em 2022, a Azul foi eleita a companhia aérea mais pontual do mundo, segundo o relatório OnTime Performance-OTP Review da Cirium – a principal referência mundial de dados operacionais do setor. Além disso, em 2020, conquistou o prêmio de melhor companhia aérea do mundo pelo TripAdvisor Travelers' Choice, sendo a única empresa brasileira a receber ambos os reconhecimentos. Para mais informações, visite o site Voe Azul.


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