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Meio Ambiente

11/03/2020

Naturatins irá prorrogar por mais um ano a proibição de pesca no Rio Caiapó

Albuquerque lembra que a portaria do Acordo de Pesca visa garantir o aumento da população das espécies locais, bem como a sobrevivência de famílias de pescadores que têm nesta atividade o único meio de adquirir renda.

O Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) vai prorrogarpor um ano a suspensão da pesca no trecho do Rio Caiapó, da ponte localizada naTO-442, divisa entre os municípios de Araguacema e Caseara, até a foz do RioCaiapó, afluente do Rio Araguaia.  Aportaria n° 124 do Instituto, que proibiu a pesca no trecho nos últimos trêsanos, vence no próximo 10/04. O objetivo da proibição é garantir o repovoamentode peixes na região, uma vez que o local é considerado um importante berçáriopara várias espécies.

A decisão de manter a suspensão da pesca foi tomada na últimasexta-feira, 6, após apresentação dos dados de produção da pesca referentes aoano de 2019, feito pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa),durante reunião dos parceiros do Projeto Propesca, em Araguacema. Aapresentação mostrou dados de produção mensal de peixes, espécies capturadas ea renda que a pesca gerou nos municípios da região no ano passado.

OPropesca é um projeto da Embrapae noTocantins é coordenado pela Embrapa Pesca e Aquicultura.  O pesquisador AdrianoPrysthonexplica que o ano de 2019 foi de coleta de informações eque o objetivo é proporcionar a possibilidade da comunidade enxergar aimportância da pesca do ponto de vista produtivo, comercial, ambiental e dasegurança alimentar. 

Durante a reunião, os pescadores solicitaram que o Naturatinsprorrogue a proibição da pesca, inclusive na modalidade amadora, prevista naCota Zero (pescar e comer no local até 5 Kg de peixe). Mas, para garantir asustentabilidade econômica das comunidades abrangidas pela proibição, elesquerem a liberação da pesca esportiva (pesque e solte), como forma de alavancaras atividades turísticas da região.

O presidente do Naturatins, Sebastião Albuquerque, informouque o órgão vai prorrogar por mais um ano a suspensão da pesca naquele trechodo Rio Caiapó. Quanto ao pedido de liberação da pesca esportiva, Albuquerquecompreende que a atividade pode ser uma alternativa interessante, que protegeos peixes e ao mesmo tempo gera renda para os pescadores.

O gestor disse também que não vê impedimento aparente, desdeque a atividade seja feita com o acompanhamento de guias devidamentelicenciados pelo órgão ambiental. “Entretanto, a decisão final sobre a questãodeverá ser tomada após análise de informações técnicas, que embasaram a novaportaria”, contemporiza.

Albuquerque lembra que a portaria do Acordo dePesca visa garantir o aumento da população das espécies locais, bem como asobrevivência de famílias de pescadores que têm nesta atividade o único meio deadquirir renda.

Comoo objetivo principal é construir estratégias e alternativas para solucionar aescassez do pescado na região que compreende as colônias de pescadoresartesanais do referido trecho do Rio Caipó, o presidente pretende reunir aequipe técnica do Instituto e avaliar à possibilidade da regular a pescaesportiva no trecho em questão.

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