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Saldo Positivo

26/11/2019

Tocantins encerra participação nas Paralimpíadas Escolares com 38 medalhas e quatro recordes nacionais

Este foi o melhor desempenho de uma delegação tocantinense no evento, que é promovido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), com a participação de alunos de todo o Brasil

Núbia Daiana Mota

Os paratletas tocantinenses finalizaram a melhor campanha do Estadonas Paralimpíadas Escolares. Durante a competição, realizada de 19 a 23 denovembro, em São Paulo, foram 38 medalhas e quatro recordes quebrados.Em 2018, o Tocantins havia conquistado 25 medalhas. As ParalimpíadasEscolares são promovidas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e é o maiorevento esportivo do mundo para pessoas com deficiência na fase estudantil.Neste ano, participaram mais de 1200 atletas de todo o Brasil.

"Tínhamos a meta de superar 2018, quando conquistamos 25 medalhas.Mas o resultado foi extraordinário. Os veteranos foram muito bem, e osestreantes nos surpreenderam em todas as modalidades. É um saldo muito positivopara o Tocantins, resultado do esforço conjunto das escolas e professores, quetreinam esses alunos durante todo o ano, e das famílias que apoiam o trabalhodesenvolvido pelos técnicos”, comemorou a chefe da delegação do Tocantins,Márcia Rezende.

Nas pistas, piscinas e mesas, os alunos tocantinenses mostraram técnica,força e agilidade. O desempenho da equipe nas provas de atletismo, natação etênis de mesa rendeu ao Estado 19 medalhas de ouro, 12 de Prata e 7 de bronze.O melhor resultado da delegação foi no atletismo ficou na 13ª colocação nacional.

Para Hentony Santos, aluno da Escola Estadual Machado de Assis, deDianópolis, a experiência de estar nas Paralimpíadas foi inesquecível."Foi muito legal conhecer tantas pessoas que são deficientes e que sãoferas no esporte. Acho que ganhar é uma forma de mostrar para as pessoas que euposso fazer muitas coisas, apesar do problema no meu braço", revelou oatleta de 12 anos. Ele é deficiente físico e conquistou três medalhas noatletismo: um ouro no arremesso de peso e duas pratas nas provas dos 60 e 150metros.

Recordes nacionais

Além dos 38 pódios, dois alunos do Tocantins quebraram quatro recordesnacionais. Os autores dos recordes foram Luiz Fernando Pereira, que nasceu comparalisia cerebral e estuda na Escola Estadual Maria dos Reis, em Palmas, eAline Jordânia Carvalho, que tem nanismo e é estudante da Escola EstadualMachado de Assis, de Araguanã.

Luiz quebrou os recordes que ele mesmo havia conquistado, em 2018. Nesteano, o paratleta alcançou a marca de 18,88 metros no lançamento de dardo, e5,87 no arremesso de peso. Já Aline fez 4,13 metros, no arremesso de peso, e15,59 no lançamento de pelota. “É muito emocionante ser a melhor do Brasil,ainda mais que essa é a primeira vez que eu participo. Tomara que outros alunosvejam nosso sucesso e também tenham a coragem de tentar se superar, porque nóssomos capazes de qualquer coisa”, relatou empolgada.

Síndrome de Down

Este foi também o primeiro ano que a delegação trouxe uma aluna comSíndrome de Down para o evento, que passou a ter uma categoria exclusiva paraeles. A estreante Maria Eduarda Araújo é aluna da Escola Estadual Frederico Pedreira,de Palmas, e conquistou medalha de prata na natação, prova nado livre."Achei bem legal, mas eu queria o ouro. Ano que vem a gente tenta denovo", falou confiante.

A estudante ainda se destacou no Concurso Cultural promovido pelo CPB. Odesenho produzido por Duda, como é chamada carinhosamente pelos colegas, foi premiadocomo o segundo melhor da região Norte.

Delegação

Do Tocantins, 21 alunos competiram nas modalidades de atletismo, tênisde mesa e natação. O evento aconteceu em São Paulo de 19 a 23 de novemro. Adelegação contou com 38 pessoas entre atletas, equipe técnica e de apoio. Entre os 21 competidores, 16 são alunos de escolas estaduais, umaestudante da rede municipal, além de quatro atletas de Associações de Pais eAmigos dos Excepcionais (Apaes). Destes, 11 são deficientes físicos, oitointelectuais e dois visuais.

Todos os paratletas foram classificados nos Jogos ParadesportivosEstudantis do Tocantins (Parajets), promovido pela Secretaria de Estado daEducação, Juventude e Esportes (Seduc). Para garantir a participação dostocantinenses no evento, a Pasta também custeou as passagens aéreas e uniformespara toda a delegação.

A secretária de Estado da Educação, Juventude e Esportes, AdrianaAguiar, falou sobre a performance do Tocantins no evento. "Sentimos muitoorgulho em ver os nossos paratletas tendo tanto sucesso nas Paralimpíadas.Eles, que são maioria alunos das nossas escolas estaduais, e todos os 21foram campeões dos Parajets. Ao investir e apoiar o paradesporto estudantil, oGoverno do Estado busca oferecer oportunidades e mais qualidade de vida aosalunos por meio do esporte", ressaltou a gestora.

Treinamento eresultado

Antes de chegar ao Parajets e a Paralimpíada, os alunos da rede estadualsão treinados nas escolas pelos professores de educação física. São muitosmeses de trabalho árduo. Ao ver o desempenho dos atletas na competição, ostécnicos se emocionam e seguem confiantes já pensando na preparação dos alunospara 2020.

“O sucesso deles é o que faz nosso trabalho valer a pena. Ver elescrescendo no esporte e ver que isso tem feito a diferença na vida deles é muitogratificante”, frisou o professor Rafael Gabarrão, de Araguanã, que levou cincoalunos para a competição: Kauany Silva (e o guia Denilson Nascimento), HentonySantos, Iure Paiva, além da recordista Aline Jordânia. Juntos, os paratletas deAraguanã conquistaram oito medalhas.

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