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30/11/2019

Pesquisadores destacam investimentos do Governo do Tocantins em ciência e tecnologia

Governo aposta no desenvolvimento social e econômico por meio do incentivo à pesquisa científica e inovação tecnológica

Pesquisadores da comunidade científica do Estado aprovaram os editais no valor de R$ 1,7 milhão, publicados pela Fundação de Amparo à Pesquisa no Tocantins (Fapt), no último dia 26 de novembro, e destacaram a importância deles como instrumento de incentivo para o desenvolvimento de novas pesquisas. Os recursos são destinados para bolsas de produtividade, participação em evento científico, organização de evento científico e tradução de artigos científicos do português para o inglês. Pelo menos 260 propostas devem ser atendidas por essa iniciativa.

O investimento da gestão do governador Mauro Carlesse no setor de pesquisa científica e inovação tecnológica é estratégico para o desenvolvimento social e econômico. Essa visão é consensual entre especialistas e pesquisadores da comunidade científica no Estado. O professor Raphael Pimenta, pró-reitor de Pesquisa Científica e Pós-Graduação da Universidade Federal do Tocantins (UFT), revelou que o Brasil ocupa a 13ª posição em produção científica no mundo, e que isso só foi possível graças aos investimentos destinados para o setor nos últimos anos.

Segundo ele, iniciativas como essa do Governo do Tocantins contribuem ainda mais para manter o Brasil bem colocado nesse ranking. “Os estados brasileiros mais bem desenvolvidos possuem uma Fundação de Amparo à Pesquisa forte e isso faz girar não só a própria pesquisa, mas também a economia”, afirma.

Incentivo cresce no Estado

Apesar do contingenciamento de recursos federais para o desenvolvimento do setor, a pesquisa científica no Tocantins tem dado sinais de crescimento. Segundo dados informados pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), nos últimos quatro anos, o número de pesquisas realizadas no âmbito da instituição cresceu em 15%. Atualmente são 94 pesquisas cadastradas no departamento.

O crescimento é mais substancial ainda em relação aos projetos de iniciação científica. Em 2015, eram 45 projetos; e em 2019, são 77 projetos em andamento, o que significa um crescimento de 71%. Segundo o pesquisador Vinícius de Carvalho, coordenador do programa de Iniciação Científica e Inovação Tecnológica da Unitins, esse crescimento só foi possível graças ao aporte do Governo estadual, que financia 28 bolsas do programa. “O aporte do Governo do Estado é maior do que o investimento feito pelo governo federal, que atualmente financia 21 bolsas. Os demais projetos de iniciação científica são realizados voluntariamente”, explica.

Editais confirmam tendência

A destinação de verbas via edital da Fapt confirma a tendência do Governo do Tocantins em favorecer o desenvolvimento da ciência no Estado, e isso tem sido bastante comemorado pela comunidade científica. A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da Unitins, Ana Flávia Gouveia, é uma das pesquisadoras que acredita que o estímulo vai impactar positivamente na qualidade das pesquisas produzidas no Estado.

“Recebemos o lançamento dos editais de forma muito positiva, ficamos muito animados, porque as pesquisas de excelência são realizadas de forma colaborativa por pesquisadores e acadêmicos que devem estar engajados e motivados. Então, isso significa uma oportunidade para os nossos pesquisadores e acadêmicos de graduação e pós-graduação produzirem e difundirem as suas pesquisas, em tempos onde está havendo bastante contingenciamento de recursos para esses fins”, comentou.

O pesquisador Arison Pereira, doutor em Fitotecnia (técnica de estudo para cultivo e reprodução de plantas), desenvolve pesquisa em agroecologia e produção sustentável de alimentos na Unitins há mais de 10 anos e também vê com otimismo o apoio que o setor está recebendo via editais. “As pesquisas serão necessárias sempre. A gente sabe que a maioria dos países desenvolvidos aportaram recursos em pesquisa e é isso que o Estado está fazendo nesse momento. Então, a gente vê como um excelente estímulo, apesar de todas as dificuldades que o país vive, com contingenciamento nessa área”, apontou.

Já o pesquisador da UFT, Antônio Clementino, que há mais de 15 anos trabalha na área de produção agropecuária com sistema Silvipastoril (sistema que integra lavoura, pastagens e florestas), disse que se sentiu contemplado com as áreas que serão abrangidas pelos quatro editais da Fapt, porque isso pode contribuir para elevar o conceito das pesquisas realizadas no Tocantins. Clementino é categórico ao afirmar que “um país que não tem pesquisa e tecnologia não tem desenvolvimento”.

Expectativa em participar

A doutora em Biotecnologia, Glêndara Martins, que desenvolve pesquisas com frutos do Cerrado na UFT há 10 anos, destaca a importância dos editais regionais, considerando a difícil realidade enfrentada por pesquisadores da Região Norte do Brasil, que geralmente contam com uma estrutura menos arrojada para o desenvolvimento dos seus trabalhos. “Os editais são extremamente importantes. O fato de estarmos na Região Norte, em universidade pequena, estrutura pequena de pesquisa, ainda que a gente tente recurso em nível nacional, a concorrência às vezes é difícil”, observa.

As dificuldades encontradas por pesquisadores em função da estrutura de pesquisa e do financiamento também foi mencionada pelo doutor em Química, Guilherme Nobre, pesquisador em Plantas Medicinais e Fitoterapia na UFT. Por outro lado, ele vê os editais da Fapt com bastante otimismo para mudar esse cenário. “Se a gente tem impacto do governo federal [com a escassez de recursos], o Governo do Estado está suplantando essas carências, ou seja, está olhando com carinho essas pesquisas e aportando valores que é uma forma da gente sanar as dificuldades de financiamento”, pontua.

Ambos pesquisadores disseram que estão se preparando para participar dos editais. As inscrições já estão abertas e o prazo para submissão das propostas encerra no dia 30 de janeiro de 2020.

Acesse aquios editais.

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