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19/10/2020

Seciju fomenta cartilha nacional com brincadeiras para famílias de crianças com Transtorno do Espectro Autista

O material, que é focado em estratégias sensoriais para crianças com mais de 4 anos, considera o período atual de isolamento social e mudanças constantes; Seciju explica como é a vida de quem vive no espectro

Lauane dos Santos/Governo do Tocantins

Oautismo é um transtorno caracterizado por algum tipo de déficit nodesenvolvimento neurológico, intelectual ou comportamental presentes desde onascimento, ou começo da infância, e que geralmente perduram por toda a vida.Essa condição altera a percepção e interação do indivíduo com o meio e com ooutro, por isso é conhecida como Transtorno do Espectro Autista (TEA), poisquem o vive experimenta a sensação de estar “cercado por uma lente” que muda,amplia ou deforma sua percepção do mundo externo, como a pequena Valentyna, deseis anos.

Amãe da criança, Cléia Cunha, explica que este período de Pandemia pela Covid-19tornou a situação mais difícil em casa, pois a falta de aulas presenciais vem afetandoo humor da filha e as brincadeiras ajudam bastante. “Todos os dias ela perguntase amanhã vai ter aula. Mas ela está mais tranquila, as coisas vão se ajeitando,temos vivido em função de como fazer para ela ficar bem neste momento. Brincamosde desenhar, ela faz desenhos bem coloridos, brincamos de montar castelos ecarros, são as brincadeiras favoritas dela. Acredito que essa cartilha ajudaráos pais neste momento”, disse.

Sensívela esta temática, a Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju),divulga a Cartilha “Orientações de brincadeiras para famílias comcrianças com Transtorno do Espectro Autista”,com fim de promover o bem social em período de isolamento pela Pandemia doCovid-19. O material, produzido pelo Ministério da Mulher, da Família e dosDireitos Humanos, traz várias brincadeiras dentro e fora de casa, imagensilustrativas coloridas e uma linguagem simples, inclusive com poemas em algunstrechos.

Acartilha mostra como desenvolver brincadeiras com objetos que a maior parte daspessoas possui em casa, fazendo com que a criança interaja com eles desenvolvendoseus sentidos sensoriais. De forma simples, criativa e objetiva, o material descrevetambém situações desafiadoras do cotidiano, associando informações educativassobre cada um dos sistemas sensoriais e o que fazer para ajudar nodesenvolvimento psicomotor de crianças com autismo.

Segundoa diretora de Direitos Humanos da Seciju, Sabrina Ribeiro, o material é uma açãoeducativa e orienta os pais sobre como cuidar da saúde da criança, frisando que,em sua gestão, uma das prioridades é o fomento ao respeito à diversidade.“Estamos disponíveis diante dos órgãos na luta pela garantia dos direitos destepúblico para que possam viver da forma mais digna e inclusiva”, ressalta.

Inclusãoe respeito

Deacordo com a psicóloga Rafaela Catani, especialista em psicologia infantil,neuropsicologia e reabilitação cognitiva, para pensar em inclusão, é precisopensar que ser diferente não é um demérito, é apenas não ter as mesmascaracterísticas que a maioria das pessoas. “O processo de inclusão é feito apartir da aceitação e do respeito às diferenças, mas para isso é preciso seconhecer. A maioria não consegue diferenciar os sintomas, o que aumenta opreconceito e dificulta o acesso ao tratamento. A inclusão perpassa por umamudança da sociedade, seja das pessoas em geral, como dos profissionais dasaúde, educação e política”, explica.

“Opapel que a família exerce é fundamental no processo de socialização einclusão. O primeiro contato de socialização é no ambiente familiar, além doapoio e empoderamento que é dado à essa criança no processo de enfrentamentodos preconceitos por parte da sociedade. A família e o Poder público são osdois grandes precursores e responsáveis no processo do diagnóstico,desenvolvimento e na garantia de direitos desta criança. Por isso é muitoimportante que a família conheça e lute pela inclusão destas crianças nasociedade, inclusive cobrando a efetivação de seus direitos”, conclui aespecialista.

Entreem contato

Caso vocêtenha alguma dúvida sobre o tema ou precise de informações, entre em contatocom a Diretoria de Direitos Humanos no telefone 63 3218 6917.

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#autismo#palmas#tocantins
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