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Justiça
Stricto Sensu

23/05/2020

Esmat é a primeira Escola de Magistratura do País a realizar bancas virtuais de defesa de Mestrado

Lançado em 2013, o Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu de Mestrado Profissional em Prestação Jurisdicional e Direitos Humanos, desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Tocantins (UFT) encontra-se atualmente em sua oitava turma de acadêmic

Mesmo em dias de confinamento eisolamento social, devido à COVID-19, alunos do Mestrado Profissional do Programade Pós-Graduação Stricto Sensu em Prestação Jurisdicional e DireitosHumanos, desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Tocantins (UFT)seguem firmes em sua jornada de crescimento acadêmico. Até o momento,  cinco defesas de dissertação já ocorreram namodalidade virtual, com o auxílio de plataformas digitais. Com isso, a EscolaSuperior da Magistratura Tocantinense (ESMAT) tornou-se a primeira instituiçãode ensino destinada a magistrados a realizar bancas de dissertação pelainternet no País.

Para o diretor geral da Esmat,desembargador Marco Villas Boas, os investimentos em infraestrutra acadêmicaderam o suporte para que o Programa de Pós- Graduação Stricto Sensu nãofosse interrompido devido à pandemia global do Coronavírus. “Não só o Mestrado,mas também cursos na modalidade de Ensino à Distância, videoconferências epalestras seguem com suas atividades normais. Estamos em isolamento social, masnossa equipe permanece empenhada em garantir a missão de nossa entidade, que éa de formar e aperfeiçoar magistrados e servidores em busca de boas práticas eda excelência da prestação jurisdicional”, frisou.

 

Começo

 O primeiros acadêmico a utilizar o novoformato de avaliação foi o  magistradoEduardo Barbosa Fernandes, que vive há nove anos em Arraias, na região Extremo-Sudestedo Tocantins, dando o exemplo. Tendo sua pesquisa, intitulada “Gestão dasUnidades Judiciárias de Primeiro Grau na Justiça Estadual do Tocantins”, estavacom defesa marcada para a primeira semana de março, data em que se iniciaram asprimeiras ações de distanciamento social no Tocantins. “A preparação seguianormalmente, conforme as diretrizes traçadas com o professor-orientador, porémteve de ser adiada em razão das medidas de isolamento social. A princípio nãohavia outra data definida. No início do mês de abril recebi a informação de quea UFT havia normatizado o procedimento para defesa por videoconferência e mequestionou se eu concordava ou preferia aguardar a liberação para defesapresencial, ainda sem data definida. Concordei com defesa por videoconferência,a qual se deu em 9 de abril”, afirmou.

Adaptações

Ainda segundo o magistrado, todauma preparação teve de ser montada para o novo formato, uma vez que a própriadefesa da dissertação representa um grande avanço na vida acadêmica, mas em contrapartidatambém foi um momento de grande ansiedade. “Como não sabia o procedimento daapresentação propriamente, meu orientador fez a explanação sobre o passo a passodo sistema de videoconferência adotado pela UFT, a partir daí passei a ensaiara exposição, pois o tempo se limitava a 20 minutos, como na modalidadepresencial, porém em um ambiente virtual, e depois de alguma preparaçãoconsegui resumir o assunto no tempo determinado”, ressalta.

 

 

Avaliação

Após a apresentação, que duroucerca de uma hora, além do preparo antes do início da defesa, o juiz aprovou anova modalidade de avaliação. “Acredito ser um caminho interessante, não sóneste momento de crise e necessidade de distanciamento, mas uma ferramenta aser pensada para reduzir custos na formação técnica e acadêmica, notadamente empós-graduação”, ressaltou.

Já a apresentação da assessorajurídica Nathalia Canhedo, residente na Capital e atuante no Juizado EspecialCível e Criminal da Região Norte, e seu trabalho acadêmico “A cooperação como instrumentode efetivação dos direitos do trabalhador resgatado em condições análogas à deescravo no Tocantins”, ocorreu no último dia 5 de maio. Necessitou detreinamento e preparação; contou também com uma pequena porção de ansiedade etendo como expectador seu esposo. “Gostei do formato, embora tenha ficado muitoansiosa com relação a dar algum problema na internet, no computador ou mesmo naapresentação. Então, tive de pensar em um plano B para caso algo desse errado”,lembra.

No final tudo deu certo, e para após-graduada, apesar de a duração da defesa ter se estendido ao prazo habitual,o recurso adaptado de avaliação garantiu a sua aprovação no Mestrado. “É umrecurso relativamente fácil de ser utilizado, e o fato de estar em casa,sentada, no conforto do lar me deu um pouco mais de segurança na fala, atémesmo para administrar o tempo”, afirma a mestra.

 

Parceria

De acordo com Eugenia PaulaMeireles Machado, chefe de Divisão Pedagógica do Mestrado, devido à pandemia doCOVID-19, a defesa de dissertação, realizada em 9 de abril, foi a primeira, nahistória da Escola Superior da Magistratura Tocantinense, a ser defendidatotalmente por videoconferência. O resultado, em parceria com a UFT foibastante satisfatório. “A banca foi defendida durante a quarentena, quando aEsmat já havia suspendido a maior parte de suas atividades presenciais emvirtude da pandemia do Covid-19. Por este motivo, a sessão de defesa ocorreuvirtualmente, com a participação do mestrando e dos professores por meio deplataforma digital. Isso é um marco importante para demonstrar o valor e aresponsabilidade que a Escola tem para com o público de estudantes eprofissionais”, ressaltou.

 

Mestrado

Lançado em 2013, o Programa de Pós-GraduaçãoStricto Sensu de Mestrado Profissional em Prestação Jurisdicional eDireitos Humanos, desenvolvido em parceria com a Universidade Federal doTocantins (UFT) encontra-se atualmente em sua oitava turma de acadêmicos.Atualmente, as disciplinas e orientações se dão por meio do Ambiente Virtual deAprendizagem (AVA) da Esmat, como também em diversas plataformas devideoconferência disponíveis na Internet. Atualmente, 127 alunos já defenderamsuas dissertações e receberam o Diploma de mestre.

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