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28/04/2020

Polícia Civil do Tocantins deflagra operação para prender suspeitos de assaltos a bancos e carro-forte

Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado de Palmas (DEIC-Palmas) dará cumprimento a seis mandados de prisão e 16 de busca e apreensão.

Em mais umaação contra a criminalidade, a Polícia Civil do Tocantins, por meio da 1ªDivisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado de Palmas (1ª DEIC),deflagrou na manhã desta terça-feira, 28, a Operação Guerra Justa. A Ação éresultado das investigações relacionadas à tentativa de roubo a um carro-forte,fato ocorrido em agosto do ano passado, na TO-30, entre as cidades Colinas doTocantins e Arapoema, na região Centro Norte do Estado.

 

Um efetivode mais de 80 policiais civis, incluindo os do Grupo de Operações TáticasEspeciais (GOTE) estão participando da operação e darão cumprimento a seismandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão em residênciasnos estados do Tocantins, Bahia, Pernambuco e Pará.

 

Dentre os 16mandados de busca e apreensão, cumpridos em várias cidades como Xinguara-PA,Marabá-PA, Paulo Afonso-BA, Petrolina-PE, o delegado Eduardo Menezes destacou aimportância de dois que foram cumpridos no município de Cabrobó-PE, onde seencontra sediada uma madeireira. Segundo apurou os investigadores, há suspeitaque os caminhões, carregados com madeira da empresa, eram também utilizadospara transportar o armamento de forma discreta por diversos estados da regiãoNorte e Nordeste.

 

Os fatos

 

Na época dofatos, em agosto do ano passado, um grupo de vigilantes de uma empresaresponsável por transporte de valores foi abordado por assaltantes. Oscriminosos cercaram o caminhão blindado e passaram a efetuar disparos contra oveículo. A perseguição e a troca de tiros perduraram por cerca de quilômetros.Até que o veículo dos assaltantes teve um dos pneus furados por um disparoefetuado pele equipe de guardas. Sem sucesso na subtração do dinheiro, oscriminosos abandonaram o veículo e atearam fogo, fugindo em outro carro queprestava a eles.

 

O tiroteioassustou os moradores do Povoado chamado 19, próximo ao município de Arapoema.Chamou a atenção o poderio bélico dos assaltantes, que chegaram a utilizar ummetralhadora calibre ponto 50, capaz de parar tanques de guerra e de abateraeronaves. 

 

Um doscriminosos alvos da operação acabou sendo preso em operação realizada no dia 16de abril, na cidade de Aparecida, interior do estado da Paraíba. Além doverdadeiro arsenal de guerra, formado por fuzis , pistolas, munições eexplosivos, com o investigado foi encontrada a metralhadora ponto 50 utilizadano ataque ao carro forte na cidade de Arapoema. Em Aparecida, a operação foirealizada de forma integrada pelas Polícias Militar e Civil da Paraíba e daPolícia Federal dos estados da Paraíba e Rio Grande do Norte para prender umaquadrilha interestadual que planejava atacar carros-fortes e bancos no sertãoda Paraíba.

 

Aldeia

 

Segundo ocoordenador da operação, o delegado Eduardo Menezes, da DEIC-Palmas, asinvestigações apontaram para que o grupo utilizou uma aldeia indígena na regiãodo município de Santa Fé do Araguaia como ponto de apoio para planejar oatentado e dar suporte na fuga após a efetivação do roubo ao carro-forte. Situadaàs margens do Rio Araguaia, a aldeia serviu como importante e estratégicoinstrumento a tornar célere o retorno dos assaltantes ao estado do Pará.

 

Um dos alvosda operação é, inclusive, um índio da localidade. Ele foi recrutado pelo bandopara auxiliar na criação de rotas de fuga pela região de mata e na travessiapelo rio. De acordo com que se apurou nas investigações, o indígena ficouresponsável por atravessar os criminosos e seu pesado armamento em barcos daaldeia.

 

Já no estadodo Pará, um dos bandidos feridos tentou atendimento em um posto de atendimentode saúde, localizado na cidade de Xinguara, mas não obteve sucesso.

 

Guerra Justa

 

O nome daoperação vai referência ao período colonial brasileiro, onde se recorria à mãode obra indígena para trabalhar nas terras. Segundo a legislação vigente àépoca, para que o índio fosse recrutado, algumas condições deveriam seratendidas. As principais eram provar que os índios eram bravios, não aceitavama catequização, atacavam os colonos e eram antropófagos.  A estes deveria ser decretada a Guerra Justa.A Guerra Justa seria assim o mecanismo mais utilizado para obtenção da mão deobra indígena. Este era, segundo Nádia Farage, “um conceito teológico ejurídico enraizado no direito de guerra medieval”.
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#segurança#quadrilha#tocantins
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