Agrotins
09 May 2018
Prática da horticultura no tem despertado a vocação e o talento em muitos adolescentes que cumprem medidas socioeducativas
Em busca de
novidades e inovações, os adolescentes da unidade socieoducativa estão
conferindo de perto o que a Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins
(Agrotins 2018) está mostrando desde a terça-feira, 8, no Parque
Agrotecnológico de Palmas. A 18ª edição do evento, este ano, tem como
tema O Futuro da Agroindústria Sustentável. A prática da
horticultura no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case), em Palmas, tem
despertado a vocação e o talento em muitos adolescentes que cumprem medidas
socioeducativas e qualquer nova oportunidade de conhecimento nessa área nunca é
desperdiçada.
A primeira visita
de três adolescentes, junto com o chefe do Case, Eduardo Fontoura, três
técnicos socioeducadores, quatro analistas técnicas e dois membros da Diretoria
de Proteção dos Direitos da Criança e do Adolescente (DPDCA), os servidores
Auricélia Moreira e Marcos Miranda, ocorreu na manhã dessa terça-feira,
começando por um tour pela feira. Outro grupo fará visita no decorrer desta
semana.
A Secretaria de
Estado do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro) é parceria da
Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju), por meio da DPDCA, ao
ceder os kits refeição aos adolescentes e à equipe técnica que os acompanham.
Eles ganharam ainda mudas de árvores frutíferas e sementes variadas para serem
utilizadas no pomar e na horta do Case.
Segundo Auricélia
Moreira, o objetivo da visita é oportunizar aos adolescentes cumpridores de
medidas socioeducativas a vivência, o acesso à cultura, ao lazer e a
profissionalização, que são direitos que o Estado, a família e a sociedade
devem oportunizar, como prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) em
seu artigo 4º.
A horticultura faz
parte dos planos de atividades pedagógicas das unidades. “Essa prática serve
para estimular os jovens a pensarem na profissionalização, para quando deixarem
as unidades socioeducativas. Queremos mostrar que há um universo de
oportunidades nesse ramo de negócio”, disse a diretora de Proteção dos Direitos
da Criança e do Adolescente, Izabel Ribeiro.
As hortaliças
cultivadas no Case, como alface, couve, rúcula e cheiro verde, entre outras,
pelos próprios adolescentes, são 100% orgânicas e utilizadas na alimentação
deles mesmos. Segundo o chefe da unidade, Eduardo Fontoura, os adolescentes
participam diretamente de todas as etapas de plantio. “Desde a preparação da
terra, até a colheita, tudo é realizado pelos adolescentes. O cultivo de
hortaliças na unidade promove a inserção dos adolescentes no mercado de
trabalho. É uma excelente maneira de ocupar o tempo deles de forma positiva”,
destaca.