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06/12/2019

Adapec alerta sobre importância da vacinação contra brucelose e riscos de transmissão da doença em animais e humanos

A brucelose traz sérios prejuízos econômicos aos produtores rurais e pode inclusive afetar a saúde humana.

A brucelose é uma doença infecto-contagiosacrônica provocada por bactérias do gênero Brucella que atinge bovinos,bubalinos, suínos, caprinos, ovinos, entre outros, e pode ser transmitida parahumanos. Por isso, a Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) alerta o produtorrural para a importância da vacinação e o cuidado no contato com animais. Alémdisso, ter atenção em consumir produtos de origem animal inspecionados.

O meio mais eficaz deprevenir a zoonose é vacinar bezerras fêmeas (bovinas ou bubalinas) de 3 a 8meses de idade, utilizando a vacina cepa B-19, que só deverá ser aplicada porum médico veterinário ou auxiliar de vacinador, cadastradas na Adapec. Alémdisso, ter o controle dos animais que entram na propriedade realizando examesde rotina para brucelose, adquirir animais que tenham sido vacinados e com examesnegativos para brucelose.

“É importante destacar que acomprovação da vacinação contra brucelose deve ser feita semestralmente, em umdos escritórios locais da Adapec. Fêmeas que por algum motivo não foramvacinadas com a idade de 3 a 8 meses, deverão ser vacinadas com a vacina RB-51,ficando a ficha de movimentação de bovinos (ou bubalinos) bloqueada até acomprovação da vacinação”, disse a responsável técnica pelo Programa Estadualde Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PECEBT),Carolina Silveira Carolina.

Segundo o gerente desanidade animal da Adapec, Sérgio Liocádio, os meios de transmissão da doençaentre os animais ocorrem, principalmente, através do contato direto destes comas secreções de animais contaminados; instalações (cercas, currais, baldes); ingestãode pastagem e água contaminadas; sêmen contaminado e/ou material contaminado(inseminação artificial ou cobertura).

Já a transmissão para o serhumano pode ocorrer pelo contato direto com o feto abortado, placenta e outrassecreções eliminadas do útero da fêmea doente, principalmente durante auxílioao parto; no manusear de carnes e miúdos de animais doentes. Outras formas são:consumir leite cru, seus derivados como queijo, manteiga, coalhada fabricadoscom leite de animais infectados que não passaram pelo processo de pasteurizaçãoe inspeção sanitária, e ainda, comer carnes mal cozidas ou mal assadas,contaminadas.

“A brucelose está controladano Tocantins, graças à dedicação dos produtores rurais que vem vacinando asbezerras no tempo certo e também ao trabalho de educação sanitária compalestras sobre esta zoonose que são realizadas pela Adapec,” disse opresidente da Adapec, Alberto Mendes da Rocha, relembrando que a segunda etapada vacinação contra a brucelose termina no dia 31 deste mês, e espera manter osbons índices vacinais que o Estado vem tendo nos últimos anos.

Sintomasda brucelose animal 

Os sintomas mais comuns dabrucelose em bovinos são: aborto no terço final da gestação, morte de bezerrosrecém-nascidos, nascimento de bezerros fracos, retenção de placenta, corrimentovaginal, devido à inflamação no útero, repetição de cio, queda na produção deleite, mastite (inflamação do úbere), nos machos o sinal mais comum é ainflamação dos testículos (orquite). “É uma doença que traz sérios prejuízoseconômicos para o produtor rural,” destaca Carolina Silveira.

Dados
Em2019, o Tocantins registrou um caso de brucelose em bovino. E no primeirosemestre deste ano foram vacinadas 440.815 bezerras entre três e oito meses deidade, atingindo 95,97% das bovídeas em idade vacinal.

Conforme o último inquéritorealizado em 2014/2015, o índice de prevalência para focos da brucelose noTocantins caiu de 21,22% em 2002 para 6,42% em 2015. Já o índice de prevalênciaanimal ficou em 2,21%.

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