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04/11/2020

Idosos precisam se manter ativos fisicamente e autônomos neste momento, afirma especialista em fisioterapia

A professora doutora do Unipê explica a importância de que a população idosa se mantenha ativa na quarentena, em todos os aspectos da vida, e dá dicas de atividades para o período que ainda estamos vivendo

Com a pandemia e a quarentena, foi necessário que todos se mantivessem em casa, especialmente a população idosa, um dos grupos de risco para a Covid-19. Mas, ao seguir as orientações do isolamento social para a prevenção do contágio com o coronavírus, muitos deixaram de realizar atividades físicas no período, e tantos outros ainda seguem em quarentena. Por isso, a professora doutora Olívia Galvão, do curso de Fisioterapia do Unipê – Centro Universitário de João Pessoa, explica no que pode acarretar esta falta de movimentação e como revertê-la.

A diminuição da mobilidade por longos períodos, especialmente na população idosa, pode acarretar diminuição da força muscular, equilíbrio, menor flexibilidade, redução das amplitudes de movimento articular, diminuição da capacidade cardiorrespiratória, e todas essas alterações decorrentes da redução da mobilidade nos idosos podem trazer consequências como quedas e outros agravos mais sérios a saúde.

Nesse sentido, pesquisas* apontam que 30% dos indivíduos com idade igual ou maior a 65 anos apresentam relato de queda anualmente – 70% delas ocorrem no interior da residência. Por isso, os idosos devem ficar atentos, não apenas a se manterem ativos**, mas também evitar outros fatores de risco encontrados em seus domicílios, como pisos escorregadios e molhados, cadeiras instáveis, calçados inapropriados, ambientes escuros, entre outros.

A especialista Olívia Galvão comenta sobre como pode ser revertido este cenário: “Diante desse momento atípico de isolamento social, os idosos devem tentar manter uma rotina de exercícios físicos diários, mesmo em seus domicílios, a exemplo de uma caminhada, uma dança, alongamentos musculares”.

Olívia ainda destaca a importância não só de se manterem ativos fisicamente, realizando atividades da vida diária de forma independente e sem a ajuda de outras pessoas. “É importante também que idosos preservem sua autonomia, que é a habilidade de controlar, de lidar e de tomar decisões pessoais sobre como se deve viver diariamente, de acordo com suas próprias regras e preferências. Assim como estar inserido em uma rede social de apoio”, afirma a professora doutura do Unipê.

Outras atividades que podem realizar são as lúdicas, como jogos de tabuleiro, memória, palavras-cruzadas, entre outras. Aprender a usar novas tecnologias, a exemplo de redes sociais, também é uma opção para manter os laços de afetividade com familiares e amigos neste momento.    

Já para os idosos que faziam tratamento fisioterapêutico antes da pandemia e não estão podendo mais sair de casa para ir ao atendimento presencial, a recomendação da especialista é de que eles recebam orientações do seu fisioterapeuta para realizar alguns exercícios em casa sob a supervisão de outra pessoa.

A professora do curso de fisioterapia ainda destaca: “É importante que as pessoas idosas procurem o fisioterapeuta não apenas para tratar doenças e sequelas já instaladas, mas que busquem a fisioterapia como medida para a promoção da saúde e prevenção de doenças e agravos. Pois a fisioterapia, nesses casos, tem o objetivo de manter o idoso independente funcionalmente e autônomo, promovendo um envelhecimento saudável”.

*Para os dados de quedas:

FERRETTI, Fátima; LUNARDI, Diany; BRUSCHI, Larissa. Causas e consequências de quedas de idosos em domicílio. Fisioterapia e movimento, Curitiba, v. 26, n.4, p. 753-762, dez., 2013. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-51502013000400005&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 30 de outubro de 2020. https://doi.org/10.1590/S0103-51502013000400005.

REBELATTO, José Rubens; MORELLI, José Geraldo da Silva. Fisioterapia geriátrica: a prática da assistência ao idoso. 2. ed. ampl. Barueri, SP: Manole, 2007.

FREITAS, E. V.; PY, L. Tratado de geriatria e gerontologia. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.

**Sobre conceito de envelhecimento ativo e autonomia:

OMS. Envelhecimento ativo: uma política de saúde. Brasília: Organização Pan-Americana de Saúde; 2005.

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Sobre o Unipê – Fundado em 1971, o Centro Universitário de João Pessoa – Unipê possui conceito 5 pelo MEC, conforme avaliação in loco de recredenciamento presencial e credenciamento EAD, sendo a única instituição privada do estado a conquistar este feito, solidificando-se entre as melhores do país. O Unipê é reconhecido pela sua contribuição para o desenvolvimento da Educação no Brasil e na Paraíba, tendo um forte tripé de ensino, pesquisa e extensão em sua comunidade. A Instituição oferta cursos de graduação, presenciais e a distância, e pós-graduação (lato e stricto sensu) em diversas áreas do conhecimento e conta com mais de 15mil alunos. Integra o grupo Cruzeiro do Sul Educacional, um dos mais representativos do País, com mais de 350 mil alunos, que reúne instituições academicamente relevantes e marcas reconhecidas em seus respectivos mercados, como Universidade Cruzeiro do Sul e Universidade Cidade de São Paulo – Unicid (São Paulo/SP), Universidade de Franca - Unifran (Franca/SP), Centro Universitário do Distrito Federal - UDF (Brasília/DF, Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio - Ceunsp (Itu e Salto/SP), Faculdade São Sebastião – FASS (São Sebastião/SP), Centro Universitário Módulo (Caraguatatuba/SP), Centro Universitário Cesuca (Cachoeirinha/RS), Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG (Bento Gonçalves e Caxias do Sul/RS), Centro Universitário de João Pessoa – Unipê (João Pessoa/PB), Centro Universitário Braz Cubas (Mogi das Cruzes/SP) e Universidade Positivo (Curitiba e Londrina /PR), além de colégios de educação básica e ensino técnico. Visite: www.unipe.edu.br.

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