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05/12/2019

Com apoio da Energisa, mitos indígenas ganham as telas em média-metragem

Histórias de três diferentes etnias são retratadas com animações criadas com as aldeias participantes

Pela primeira vez, o povo Javaé viu suas principais histórias e mitos tradicionais retratados em um filme. O média-metragem Mitos Indígenas em Travessia mistura animação com imagens reais e resgata aspectos tradicionais da cultura dos povos indígenas. Além do Javaé, no Tocantins, o filme conta histórias dos Kuikuro, no Mato Grosso, e Kadiweu, no Mato Grosso do Sul. 

 

O média será lançado em São Paulo no dia 16 de dezembro, após ser exibido para as comunidades indígenas que participaram e para os colaboradores da Energisa, que patrocinou a produção, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, da Secretaria Especial da Cultura, do Ministério da Cidadania e do Governo Federal. 

 

A primeira exibição aconteceu na quarta-feira (04/12), na Terra Indígena Parque do Araguaia (Tocantins). No próximo sábado (07/12), será exibido na Terra Indígena Parque do Xingu (Mato Grosso). A comunidade da Terra Indígena Kadiwéu (Mato Grosso do Sul) assistirá no dia 12/12.

  

“O pessoal gosta de ouvir histórias antigas. O ritual é o mesmo todas as noites: os nossos avós sempre contam histórias. Todos vão para fora, colocamos as esteiras no terreiro e ficamos contando e ouvindo histórias até tarde da noite. Eu conheço um pouco da nossa história, apesar de que a gente esquece um pouco com o passar do tempo”, afirma o cacique Darci Maurerri Javaé. 

 

A direção é de Júlia Vellutini e Wesley Rodrigues e foi produzido pela Zureta Filmes. “Nós fizemos uma ampla pesquisa para mergulhar no universo das aldeias visitadas, que envolve sua cosmologia, seus cantos e sons, suas brincadeiras e rituais, sua relação com a natureza e o sagrado. Parte do material produzido foi transformado em atividades lúdicas e pedagógicas, para compartilhar a riqueza dessa diversidade cultural com as crianças nas escolas”, conta a diretora, Júlia Vellutini.

 

Na Aldeia São João, localizada no Tocantins, a equipe se surpreendeu com o voo de um urubu em meio a um grande arco-íris enquanto captava imagens da comunidade para a animação que retrata o animal como uma figura mítica que encobria o sol na aldeia. Mito e realidade se confundem em diferentes momentos na produção do filme. As paisagens reais foram gravadas em diferentes pontos das aldeias, onde representavam os locais onde teriam ocorrido as histórias mitológicas recontadas por gerações. 

 

As histórias animadas no filme foram narradas por anciões e membros das aldeias em sessões que reuniam crianças e outros integrantes das comunidades e a equipe do filme. Depois da narrativa, a história era transcrita e traduzida à equipe de produção das animações. A partir das histórias narradas, crianças e jovens das aldeias participavam de oficinas de desenho e roteiro em que colaboraram na adaptação dos mitos ao filme. Os desenhos criados pelos jovens também inspiraram os designs de personagem e elementos da animação final produzida em São Paulo. Após um mês de oficinas e captação de imagens em terras indígenas, a equipe levou mais seis meses dedicados à animação e finalização do média-metragem.

 

“O filme é muito bom, mostra uma realidade da cultura que a gente não tem muita oportunidade de ver. Eu gosto muito dos mitos e esse filme veio contar essa mensagem de como os indígenas vivem e agem”, diz a assistente administrativa da Energisa, Vangleiane de Araújo.  

 

Após o lançamento, as histórias serão disponibilizadas em plataforma digital (mitosindigenasemtravessia.com) de forma gratuita, junto com fotos, documentários sobre o processo de cocriação e material pedagógico, atividades lúdicas e brincadeiras para sala de aula. O objetivo é promover o ensino e a transmissão da cultura indígena para crianças de outras realidades em todo o Brasil.

 

A Energisa também exibirá o média-metragem durante as ações do Nossa Energia, que leva orientações, serviços e atrações culturais a bordo de caminhões em todos estados atendidos pela distribuidora.

 

Sinopse 

 

Média-metragem que mistura live-action com animação. Retrata seis histórias indígenas dos tempos antigos das etnias Kuikuro (Aldeia Afukuri, Terra Índígena Parque do Xingu, Mato Grosso), Javaé (Aldeia São João, Terra Indígena Parque do Araguaia, Ilha do Bananal, Tocantins) e Kadiwéu (Aldeia São João, Terra Indígena Kadiwéu, Mato Grosso do Sul). O média-metragem foi  cocriado a partir de oficinas de audiovisual realizadas nas aldeias, em que histórias tradicionais eram transmitidas por pessoas indicadas pela comunidade, geralmente anciões, para serem recriadas em desenhos e filmagens feitas em conjunto com as comunidades das aldeias.  

 

Confira o teaser do vídeo aqui

 

Histórias retratadas:  

A Ema – Aldeia São João (Terra Indígena Kadiwéu, Mato Grosso do Sul): em um tempo antigo, quando os animais eram gigantescos, um grupo de caçadores luta para escapar de uma perigosa Ema selvagem. 

 

O Menino-Peixe - Aldeia Afukuri, (Terra indígena Parque do Xingu, Mato Grosso): em meio a uma pescaria com timbó, um garoto-peixe supera os maus-tratos de seus invejosos tios. 

 

As Mulheres Sem Rosto - Aldeia São João (Terra indígena parque do Araguaia, Ilha do Bananal, Tocantins): ao roubar jenipapo das mulheres sem rosto, o demiurgo Tan~yxiwè precisará da ajuda de uma Anta para escapar com vida.  

 

A Via Láctea - Aldeia Afukuri, (Terra indígena Parque do Xingu, Mato Grosso): três pescadores adentram um misterioso rio celeste. Com a ajuda de um periquito, precisarão enfrentar perigosos bichos em uma jornada pelo rio de volta à aldeia. 

 

A Menina e a Cobra - Aldeia São João (Terra Indígena Kadiwéu, Mato Grosso do Sul): uma garotinha é encantada por uma cobra na beira do rio. 

 

O Urubu-rei - Aldeia São João (Terra indígena parque do Araguaia, Ilha do Bananal, Tocantins): nos tempos em que o mundo ainda era escuro, o demiurgo Tan~yxiwè precisará enganar o Urubu-Rei para conquistar o sol. 

 

Canais    

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